Juan Gelman (1930-2014)
O poeta argentino morreu ontem, na Cidade do México. Um retrato completo no El País.
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O poeta argentino morreu ontem, na Cidade do México. Um retrato completo no El País.
Eric Hobsbawm entrevistado por Simon Schama, sobre a sua vida e obra. Obituário aqui.
Fernando Venâncio recorda o autor holandês que conheceu Portugal como muito poucos. E que um dia escreveu: «As pirâmides do Egipto hão-de ser realmente impressionantes, os jardins suspensos da Babilónia realmente assombrosos, que nada infunde tanto respeito como a burocracia portuguesa. A quem couber, regularmente, a honra de dar, olhos nos olhos, com os funcionários portugueses, esse apercebe-se da verdadeira necessidade de, querendo contar o que se passa nas repartições às pobres almas que nunca se acharam em tal estado de graça, fazê-lo muito doseado e de maneira deploravelmente atenuada. Caso contrário, muito simplesmente não acreditarão nele. Numa descrição da burocracia portuguesa, nada soa mais inacreditável que a verdade inteira.» Um Almoço de Negócios em Sintra, Gerrit Komrij, ASA, outubro de 1999
ALGUNS GOSTAM DE POESIA
Alguns —
quer dizer nem todos.
Nem a maioria de todos, mas a minoria.
Excluindo escolas, onde se deve,
e os próprios poetas
serão talvez dois em mil.
Gostam —
mas também se gosta de canja de massa,
gosta-se da lisonja e da cor azul,
gosta-se de um velho cachecol,
gosta-se de levar a sua avante,
gosta-se de fazer festas a um cão.
De poesia —
mas o que é a poesia?
Algumas respostas vagas
já foram dadas,
mas eu não sei e não sei, e a isto me agarro
como a um corrimão providencial.
Poema da Nobel polaca Wisława Szymborska.
«Não desvalorizo o papel do António Sérgio ou do Jaime Cortesão, mas acho que Vitorino Magalhães Godinho é o primeiro grande historiador moderno em Portugal.» Manuel Loff, historiador e professor da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Obituário e reacções.
Se o Céu existe, o que você gostaria de ouvir Deus dizer quando você chegasse lá?
«Já não era sem tempo.»
Resposta a um questionário da revista Época, que integra o site oficial de Moacyr Scliar. O escritor brasileiro, galardoado com o Jabuti por três vezes, faleceu na madrugada de 27 de Fevereiro, em Porto Alegre.
«José Saramago, whom I remember with great affection, will be a permanent part of the Western canon. He was the first Portuguese-language writer to win the Nobel Prize and is probably best known now for Blindness — an interesting antitotalitarian allegory. His many novels have astonishing variety and sensitivity and a versatile range that embraces tragicomedy and something close to old-fashioned quest romance. My own favorites among his books include the darkly comic The Gospel According to Jesus Christ and the frightening Blindness. But I have more pleasure in returning to his deeply comic works, such as The Stone Raft, The History of the Siege of Lisbon and, most of all, The Year of the Death of Ricardo Reis. In all of his wonderful meditations upon the ruefulness of our lives, there is always the spirit of laughter beckoning us in the art of somehow going on. His achievement is one of the enlargements of life.»
Texto de Harold Bloom, publicado na última edição de 2010 da revista Time [via Bibliotecário de Babel].
Um dos fundadores da Paris Review morreu esta semana. Ficam estas memórias. E este obituário.
«Um dos três escritores argentinos mais destacados da actualidade», como escreve o El País, faleceu aos 69 anos em Buenos Aires. Perfil, entrevistas e excertos de livros aqui. «El Sur también existe, pero mal» é o título de uma das suas últimas crónicas: «Y sin embargo siguen apareciendo libros. Como siempre las mejores novedades corren por cuenta de pequeños editores: en plena crisis y terrorismo médico-viral, aparecieron no menos de cinco libros muy interesantes, de esos que tarde o temprano se hablará en España. Son obras de autores jóvenes y desconocidos hasta por sus amigos: la editorial unipersonal Paradiso, lanzó Sol artificial, firmado con el seudónimo Zooey y atribuido a un joven y brillante profesor de filosofía. La también unipersonal Mansalva, conocida por su biografía de Lamborghini y por ostentar diseño de cubierta más distintivo de las editoriales de esta lengua, introdujo en julio En la pausa, de un tal Diego Meret, de quien sólo se sabe que ronda los treinta años, que fue obrero textil y que, si logra otro libro de este nivel de calidad, figurará muy pronto en ese seleccionado argentino donde, a falta de mejores, se nos suele poner a Pauls, a Kohan, a Piglia y a mí.»
«Cioso do detalhe, foi um homem que trabalhou a memória da poesia e foi um poeta de grande mérito que voltou a ter destaque na última década e meia, porque o seu percurso foi sempre discreto por razões ideológicas, por ser um homem de direita», José Jorge Letria. Obituário no Público.
«Desde o princípio decidi que não queria ser previsível...»
O «bom dinossauro irascível» (Liberátion) partiu subitamente, na sexta-feira, em Lisboa. Ficam as memórias de quem conviveu e trabalhou com um dos principais divulgadores da literatura portuguesa em França, escritor e criador das Éditions de La Différence.
O El País dedica a este «maestro das letras espanholas» um espaço muito especial.
«A Alda Espírito Santo foi, num determinado momento (anterior às independências dos países de língua portuguesa), das poucas pessoas que já sabia o caminho a seguir, porque, sobretudo através da poesia, ia indicando aos mais novos qual era o caminho, o caminho da luta, da dignidade dos povos, da independência.» Frase de Pepetela, ontem.
O bibliófilo e membro da Academia Brasileira de Letras morreu ontem em São Paulo, aos 95 anos. «Mindlin formou uma das melhores bibliotecas do mundo», escreve Eduardo Coelho, «com obras raras de todos os tempos e nacionalidades. Sua biblioteca começou a ser formada quando ele contava 13 anos. Parte de seu acervo, com mais de 100.000 livros, foi doada para a USP e constitui hoje a coleção Brasiliana, disponível on-line.»
A escritora e actriz portuguesa morreu ontem em Lisboa, uma semana depois de ter sido internada com uma anemia grave. «Tinha prometido entregar-nos brevemente o novo romance que queria publicar ainda este ano», revela Manuel Alberto Valente, o seu editor de sempre. «Não sei em que fase estava da escrita, mas vou agora tentar saber junto da família.»
O consagrado e premiado escritor e jornalista argentino, autor de O Cantor de Tango, Santa Evita ou O Voo da Rainha, morreu este domingo, em Buenos Aires, aos 75 anos. Obituário no El Mundo, El País (completíssimo) e na revista Ñ (actual.).
Um dos mais enigmáticos escritores norte-americanos morreu ontem, de «causas naturais». Obituário na Time, no NYT e no El País. Lista dos livros de Salinger traduzidos em Portugal desde 1951.
Obituário no blogue da Assírio & Alvim, editora que prepara o lançamento da obra poético-literária reunida de M. S. Lourenço para o Outono, com o título O Caminho dos Pisões.