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Livros. Notícias. Rumores. Apontamentos.

José Luís Peixoto na Coreia do Norte

 

«Em Abril de 2012, José Luís Peixoto foi um espectador privilegiado nas exuberantes comemorações do centenário do nascimento de Kim Il-sung, em Pyongyang, na Coreia do Norte. Também nessa ocasião, participou na viagem mais extensa e longa que o governo norte-coreano autorizou nos últimos anos, tendo passado por todos os pontos simbólicos do país e do regime, mas também por algumas cidades e lugares que não recebiam visitantes estrangeiros há mais de sessenta anos.» Dentro do Segredo, Uma Viagem na Coreia do Norte (Quetzal) chega às livrarias a 16 de novembro.

Dalton Trevisan na Relógio d'Água

 

O Vampiro de Curitiba (com prefácio de J. Rentes de Carvalho), A Trombeta do Anjo Vingador e Guerra Conjugal são os primeiros livros de contos escolhidos pela Relógio d'Água para editar «o essencial da obra» de Dalton Trevisan, Prémio Camões de 2012 – a que se juntam, no início do próximo ano Novelas Nada ExemplaresO Rei da Terra e o romance A Polaquinha. Será também reeditado Cemitério de Elefantes (Relógio d'Água, 1984) com o prefácio então escrito por Fernando Assis Pacheco.

Prémio Astrid Lingren para o australiano Shaun Tan

O prémio de literatura infantil de maior valor monetário (ultrapassa os 500 mil euros) acaba de ser entregue a Shau Tan. Para quem não o conhece, este australiano de 37 anos apresenta como cartão de visita outros dois prémios de peso, um deles recentíssimo: Óscar 2011 para melhor curta-metragem de animação com The Lost Thing e prémio de melhor livro do Festival de Angoulême 2008 (a grande referência da BD a nível europeu). Nem de propósito: Contos dos Subúrbios, editado pela Contraponto, chega às livrarias portuguesas a 8 de Abril.

Caderno Cinzento

16 de Abril – Às vezes passeio pelas ruas com o objectivo exclusivo de olhar para a cara dos homens e das mulheres que passam. A cara dos homens e das mulheres que passaram dos trinta anos, que coisa tão impressionante! Que concentração de mistérios minúsculos e obscuros, à medida do homem; de tristeza venenosa e impotente, de ilusões cadavéricas arrastadas durante anos e anos; de cortesia momentânea e automática; de vaidade secreta e diabólica; de abatimento e de resignação perante o Grande Animal da natureza e da vida!
Há dias em que invento qualquer pretexto para falar com as pessoas que vou encontrando. Olho-as nos olhos. É um pouco difícil. É a última coisa que as pessoas deixam ver. Estremeço ao notar a escassa quantidade de gente que conserva no olhar algum rasto de ilusão e de poesia – da ilusão e da poesia dos dezassete anos. Da maioria dos olhos apagou-se todo o brilho pelas coisas abstractas e engraçadas, gratuitas, fascinantes, incertas, apaixonantes. Os olhares são duros ou mórbidos ou falsos, mas totalmente arrasados. São olhares puramente mecânicos, desprovidos de surpresa, de aventura, de imponderável.
 
Excerto de Caderno Cinzento, de Josep Pla (1897-1981), publicado brevemente na Cotovia como um dos primeiros títulos da colecção «Grande Literatura Catalã».

Obama para crianças

A tradução portuguesa do livro de Barack Obama, lançado há poucas semanas nos Estados Unidos, chega às livrarias a 10 de Dezembro. Treze histórias contadas em 44 páginas sobre figuras da História dos EUA, como Abraham Lincoln, Billie Holliday ou Helen Keller. Edição Alêtheia.