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LER

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As listas da LER: 10 livros sobre viagens

© RICARDO SANTOS, Volta ao Mundo

 

À cabeça teriam de figurar três dos grandes clássicos da moderna literatura de viagens; uma trilogia de respeito – Chatwin, Byron (este, não o outro) e Theroux. Theroux e Chatwin, para provar a sua fixação, assinaram depois um livro em conjunto, com o título Regresso à Patagónia; o livro de Byron continua a ser uma referência (inclusive para Chatwin). Quanto a Kerouac, toda a gente espera que se cite Pela Estrada Fora; mas Os Vagabundos do Dharma é mais «radical», mais «intenso» e é o primeiro a ser eliminado em qualquer bibliografia bem educada.

 

  • Bruce Chatwin, Na Patagónia [Quetzal]
  • Robert Byron, A Estrada para Oxiana [Tinta da China]
  • Paul Theroux, O Velho Expresso da Patagónia [Quetzal]
  • Geoff Dyer, Yoga para Pessoas que não Estão para fazer Yoga [Quetzal]
  • Bill Bryson, Por aqui e por ali [Bertrand]
  • Jack Kerouac, Os Vagabundos do Dharma [Relógio d’Água]
  • Paul Theroux, Comboio-Fantasma Para o Oriente [Quetzal]
  • Paul Bowles, Viagens [Quetzal]
  • John Steinbeck, Viagens com o Charley [Livros do Brasil]
  • Agatha Christie, Na Síria [Tinta da China]

As listas da LER: 10 livros sobre guerra

Histórias de guerras e dos campos enlameados: Tosltoi seria inevitável para ouvir o troar dos canhões, mas há histórias superlativas à volta da guerra e algumas não estão aqui, como as de Evelyn Waugh ou Winston Churchill – nem as de Carlos Vale Ferraz sobre a guerra colonial. O peso monumental de Vida e Destino cobre toda a II Guerra vista a partir da União Soviética (o manuscrito foi apreendido e o autor humilhado até à morte), a minúcia lendária de James Jones e as cinzas de Austerliz, de Sebald, são também uma forma de verificar os horrores e o ferro em brasa. Restam o humor e a irracionalidade, no fim de tudo: Catch 22, de Joseph Heller.

 

  • Lev Tolstoi, Guerra e Paz [Presença]
  • Erich Maria Remarque, A Oeste Nada de Novo [Camões & Companhia]
  • W.G. Sebald, Austerlitz [Quetzal]
  • Ernest Hemingway, Por Quem os Sinos Dobram [Caminho]
  • Margaret Mitchell, E Tudo o Vento Levou [Contexto]
  • Norman Mailer, Os Nus e os Mortos [Caminho]
  • J.G. Ballard, O Império do Sol [Livros do Brasil]
  • Vassili Grossman, Vida e Destino [D. Quixote]
  • James Jones, A Barreira Invisível [Europa-América]
  • Joseph Heller, Catch 22 [D. Quixote]

As listas da LER: 10 livros sobre África moderna & contemporânea

Depois de Chinua Achebe (o seu livro maior, Quando Tudo se Desmorona, foi publicado em 1958), a literatura de África deixou de ser a literatura sobre África (é conhecida a sua crítica a Conrad e a O Coração das Trevas) – e, no tempo presente, já não é «a literatura das guerras de libertação», que produziu a maior quantidade de maus autores promovidos a talentos incontestáveis (a qualidade de alguns deles, como Agostinho Neto, é defendida por lei). Recentemente popularizou-se a marca «pós-colonial» – outra forma de promover a culpa de autores europeus; contra ela ou apesar dela, autoras como Chimamanda Ngozi Adichie ou Taiye Selasi estão a reinventar África na literatura de hoje. E a conseguir.

 

  • V.S. Naipaul, A Curva do Rio [Quetzal]
  • José Luandino Vieira, Nós, os do Makulusu [Caminho]
  • J.M. Coetzee, Desgraça [D. Quixote]
  • Mia Couto, Terra Sonâmbula [Caminho]
  • Nadine Gordimer, A Gente de July [Teorema]
  • Chimamanda Ngozi Adichie, A Coisa À Volta Do Teu Pescoço [D. Quixote]
  • Taiye Selasi, A Beleza das Coisas Frágeis [Quetzal]
  • José Eduardo Agualusa, A Rainha Ginga [Quetzal]
  • Germano Almeida, O Testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo [Caminho]
  • Ungulani Ba Ka Khosa, Ualalapi [Caminho]

Língua espanhola sub-35

Começou em 1983, e desde então mantém a tradição: de 10 em 10 anos, a Granta publica a sua lista dos «Best Young British Novelists». Entre eles, Martin Amis, Salman Rushdie, Julian Barnes, Ian McEwan (1983); Hanif Kureishi, Nicholas Shakespeare, Alan Hollinghurst (1993) Monica Ali, David Mitchell ou Zadie Smith (2003). No início de Outubro, os editores da revista mudaram a agulha literária e decidiram-se pelos 22 melhores romancistas em língua espanhola com menos de 35 anos e de geografias diferentes (Argentina, Chile, Uruguai, Bolívia, México, Peru, Colômbia, Espanha). No lote há pelo menos três autores (como destacou José Mário Silva) que podem ser lidos em edição portuguesa: o argentino Andrés Neuman, autor de O Viajante do Século (Alfaguara), o chileno Alejandro Zambra (Bonsai, Teorema) e o espanhol Andrés Barba (As Mãos Pequenas, Minotauro). Lista completa aqui.

Agualusa, Saramago e Lobo Antunes (act.)

Romances de José Saramago, António Lobo Antunes e José Eduardo Agualusa entraram na lista dos 25 melhores livros de ficção traduzidos e publicados em 2008 nos Estados Unidos:

 

The Book of Chameleons (O Vendedor de Passados), de José Eduardo Agualusa, traduzido por Daniel Hahn (Simon & Schuster).


Death with Interruptions (As Intermitências da Morte), de José Saramago, traduzido por Margaret Jull Costa (Houghton Mifflin Harcourt).

 

What Can I Do When Everything's on Fire? (Que Farei Quando Tudo Arde?), de António Lobo Antunes, traduzido por Gregory Rabassa (W. W. Norton).

 

Lista completa no blogue Three Percent, da Universidade de Rochester. Os finalistas serão conhecidos a 27 de Janeiro e o vencedor anunciado a 19 de Fevereiro.

Listas, listas... (2)

O jornal The Guardian convidou escritores como William Boyd, AS Byatt, Monica Ali ou Dave Eggers a escolherem os melhores livros de 2008. O primeiro-ministro inglês Gordon Brown também respondeu. O resultado pode ser lido aqui.