Sexo, drogas e rock’n rolll, para não ir mais longe — e agora Keith Richards, o dos Rolling Stones, vai mesmo publicar um livro infantil, com CD incluído (na edição e-book não será necessário): Gus & Me: The Story of My Granddad and My First Guitar. A filha, Theodora Dupree, 28 anos, deu uma ajuda. O livro sai em Setembro. Stop.
A Quercus, a editora britânica com a queda de faturação mais estranha na história recente da indústria (foi a editora responsável pelo lançamento de Stieg Larsson em inglês) pode ser comprada pela Amazon, explica a Publishers Weekley. O problema, nesse caso, pode ser o catálogo da Quercus, que além de Larsson, é muito pouco amazoniano...
É a crónica semanal de Luiz Ruffato no El Pais, edição brasileira: «Enfim, a bibliotecária transformou minha vida num inferno... Eu lia os livros que ela me impingia, devolvia e, cada vez mais feliz com minha voracidade, me repassava outros volumes...» Vai lá, vai.
Uma boa peça de reportagem no The Guardian, sobre as dificuldades de aos autores britânicos sobreviverem apenas com a escrita de livros; os prémios literários já não abrem as portas da glória – transformaram-se em retribuição por um trabalho que a crise económica e a internet estão a desvalorizar cada vez mais.
Na morte de Ana María Moix, uma catalã da geração de Carlos Barral, Pere Gimferrer, Jaime Gil de Biedma, Carmen Martín Gaite e do seu próprio irmão, Terenci Moix.
Na sua série «Humans of New York», a The Atlantic acompanha Matthew Zadrozny, um homem que ama a Biblioteca Pública de Nova Iorque: «Na era digital, as bibliotecas vão ser muito especiais, precisamente porque têm livros em papel.»
A Câmara Municipal da Nazaré decidiu-se, em definitivo, pela extinção da equipa técnica da sua biblioteca já a partir desta terça-feira, invocando razões de ordem financeira. O valor em causa situa-se em cerca de 3700€ de salários brutos no conjunto dos 4 funcionários dispensados. A Câmara da Nazaré deu ordens para «entregar a chave» e «desocupar os gabinetes» a partir de hoje, a fim de o municipio e transformar a Biblioteca Municipal da Nazaré numa estrutura multiusos.
No passado sábado, a sala de internet da Biblioteca passou a funcionar «como galeria de arte». Durante a mais recente Assembleia Municipal, a Cãmara informou que «há outras pessoas no quadro com as competências necessárias ao desempenho dessas funções», o que, manifestamente, não corresponde à verdade.
Entre os finalistas anunciados no passado dia 13 de Janeiro estavam autores e livros como A Instalação do Medo, de Rui Zink (Teodolito), A Luz é Mais Antiga que o Amor, de Ricardo Menéndez Salmón (Assírio & Alvim), A Sul. O Sombreiro, de Pepetela (Dom Quixote), A Vida no Céu, de José Eduardo Agualusa (Quetzal), Caligrafia dos Sonhos, de Juan Marsé (Dom Quixote), Dentro de Ti Ver o Mar, de Inês Pedrosa (Dom Quixote), O Filho de Mil Homens, de Valter Hugo Mãe (Alfaguara), ou Pai, Levanta-te, Vem Fazer-me um Fato de Canela, de Manuel da Silva Ramos (A.23 Edições).
«Como autarca do Partido Socialista, como militante Honorário da Juventude Socialista sinto-me envergonhado que uma Câmara PS não respeite a cultura de uma terra e colabore para o despedimento de 4 excelentes técnicos que conheço pessoalmente numa biblioteca que, além de ser uma referência nacional, conheço muito bem como leitor. A Biblioteca da Nazaré, além de prestar um trabalho de referência na área da cultura, é também um local de apoio social, ajudando pessoas mais debilitadas e frágeis. Alguém neste pais que se dê ao respeito e corrija esta situação. Urgentemente.»
Depois de ser publicado em Espanha (o primeiro país a traduzi-lo, Los años de peregrinación del chico sin color, na Tusquets), na Holanda, Roménia e na Alemanha, o novo romance de Haruki Murakami chegará no verão aos EUA e a Inglaterra a 12 de Agosto. O título: Colorless Tsukuru Tazaki and His Years of Pilgrimage. Além da capa da próxima edição inglesa, veja as capas das outras edições europeias.
No The Daily Telegraph, a lista dos dez casamentos mais infelizes da história da literatura: entre eles, Emma e Charles Bovary em Madame Bovary, de Gustave Flaubert (1856), Dorothea e Casaubon em Middlemarch, de George Eliot (1874), Tess e Angel de Tess of the d’Urbevilles, de Thomas Hardy (1891), os inevitáveis Nicole e Dick Diver em Terna é a Noite, de Scott Fitzgerald (1934), ou Humbert Humbert e Charlotte, em Lolita, de Vladimir Nabokov (1955), por exemplo.
E isso, naturalmente, com o pseudónimo de Robert Galbraith, que deixa de ser um pseudónimo para passar a ser «o outro nome de J.K. Rowling mas nos produtos da prateleira ao lado». O livro, The Silkworm, chegará às livrarias ainda a tempo dos Santos Populares, a 24 de Junho (edição inglesa na Little, Brown) e nele o detetive Cormoran Strike (com o auxílio da assistente Robin Ellacott) investigará o desaparecimento e a morte brutal do escritor Owen Quine. Supõe-se, portanto, que haverá mais motivos de leitura do que em Quando o Cuco Chama, publicado em 2013 (Editorial Presença) — na verdade, em The Silkworm, se o livro que Owen Quine está a terminar for publicado, muitas pessoas «terão a vida destruída». Um mistério literário cheio de ódios e gossip, ô, ô.
Digitalizados e disponíveis para consulta cerca de 2.500 «papéis» deixados por Hemingway na Finca Vigía, em Cuba. Notícia no El Mundo. Não se trata de «uma bomba» — são papéis pessoais, anotações avulsas, apólices de seguro, contas de restaurante, etc. Mas vale a pena vê-los e rondar a coleção. O endereço é este, no espaço da Biblioteca e Museu J.F. Kennedy.