«Não é de estranhar que a Itália, com a mesma percentagem de leitores de Portugal, seja o quinto maior mercado mundial do livro, bem à frente de países com populações maiores. Um mercado em que a facturação de um trimestre de apenas um dos três maiores grupos é equivalente ao total do nosso mercado nacional. E nós, com um mercado de exportação infinito quando comparado com o italiano... Foi preciso a entrada de capital financeiro de outras áreas no mercado do livro para a política perceber que este até é um sector importante da economia e não apenas um objecto de conversas de salão. Mas, por enquanto, e parece-me que ainda será por muito tempo, teremos apenas a velha lei do preço fixo como único instrumento de apoio sério ao sector. Merecíamos todos melhores políticos? Sim, merecíamos.» Texto completo de Diogo Madre Deus, editor da Cavalo de Ferro, no Blogtailors.
«The crisis began with the advent of the ballpoint pen. Early ballpoints were also very messy and if, immediately after writing, you ran your finger over the last few words, a smudge inevitably appeared. And people no longer felt much interest in writing well, since handwriting, when produced with a ballpoint, even a clean one, no longer had soul, style or personality.» Texto completo no Guardian.
Artigo de Slavoj Žižek na London Review of Books sobre o Irão, com o divertido título «Berlusconi in Tehran»:
«When an authoritarian regime approaches its final crisis, but before its actual collapse, a mysterious rupture often takes place. All of a sudden, people know the game is up: they simply cease to be afraid. It isn’t just that the regime loses its legitimacy: its exercise of power is now perceived as a panic reaction, a gesture of impotence. Ryszard Kapuściński, in Shah of Shahs, his account of the Khomeini revolution, located the precise moment of this rupture: at a Tehran crossroad, a single demonstrator refused to budge when a policeman shouted at him to move, and the embarrassed policeman withdrew. Within a couple of hours, all Tehran had heard about the incident, and although the streetfighting carried on for weeks, everyone somehow knew it was all over. Is something similar happening now?»