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Vasco Teixeira: decisão da ministra vai «contra a corrente das asneiras deste e do anterior Governo»

O vice-presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros com o pelouro do livro escolar, Vasco Teixeira, concorda com a decisão da ministra da Educação de não aplicar o acordo ortográfico nas escolas em 2010. «Mostra conhecer o assunto porque é completamente impossível aplicar o acordo ao sistema educativo já em Setembro de 2010. Todo o processo implica a produção de milhões de manuais, ajustes nas bibliotecas escolares, na formação de professores e tudo isso demora bastante tempo e tem que ser bem planeado», afirmou à TSF.

Brasil: a pharmácia e o acordo ortográfico

«Lembro que minha querida avó morreu escrevendo farmácia com 'ph' e nem por isso eu errava de estabelecimento comercial quando ela me escrevia bilhetes pedindo meu netinho, vá à pharmácia e compre tal remédio», afirmou hoje à agência Lusa António Carlos de Moraes Sartini, director do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, um dia depois de Luiz Inácio Lula da Silva ter promulgado o acordo ortográfico.

Acordo ortográfico.

No The Independent de hoje, artigo assinado pela correspondente em Madrid: «Portugal may have to recognise the inevitable by bowing to the economic and cultural predominance of Brazil, its former colony. The once proud imperial power is considering reforming its language to accommodate recent linguistic developments in the South American economic powerhouse, with which it shares a language.»

Gil

Gilberto Gil, ministro da Cultura do Brasil, em defesa do Acordo Ortográfico:
«O ministro da Cultura do Brasil, Gilberto Gil, afirmou que, tal como em Portugal, também se discute no Brasil o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, mas considera que os portugueses "são mais ciosos da língua". [...] Numa entrevista publicada na edição de hoje do "Diário de Notícias, o governante e músico brasileiro considera que "é impossível continuar a viver esta língua sem um novo" Acordo Ortográfico. »

Pode ser absurdo estar a citar o Público online, que remete para o Diário de Notícias. Mas o DN não disponibilizou a entrevista...

Acordo da APEL contra o Acordo

A APEL acaba de tomar, mais uma vez, posição sobre o Acordo Ortográfico. Para a associação de editores e livreiros, «torna-se gritante a manutenção das diferenças frásicas e vocabulares e ordem dos elementos entre as variantes do Português de Portugal e do Brasil, situações estas a que o Acordo Ortográfico não responde».
Outra passagem: «Através deste estudo percebe-se que muito pouco vai mudar, o que deita por terra aquele que tem sido o principal argumento apontado na defesa do Acordo Ortográfico: ao contrário do que é dito pelos seus defensores, não se afigura a aproximação das diversas variantes do Português, mas sim a consagração das diferenças naquilo que é fundamental – a sintaxe, a semântica e o vocabulário – com clara vantagem para a variante do Brasil.  De caminho, outro objectivo será defraudado: o de “globalizar” a Língua Portuguesa. Pelo menos, a que nós conhecemos, pois não haja quaisquer dúvidas que as instituições internacionais, a partir do momento em que Portugal ceder às intenções do Brasil, não hesitarão em ter como referência o Português daquele país.»