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Editorial || Machado de Assis, que nos recriou e ajudou a manter a Língua Portuguesa.

Falemos da luxúria. Não dessa. Daquela que atravessa os objetos que cobiçamos, que reservamos, que não cedemos nem por decreto, que escondemos – se for preciso. A Glaciar, editora de Jorge Reis-Sá (com a Academia Brasileira de Letras), acaba de lançar um volume de 1560 páginas que leva este título simples: Os Romances de Machado de Assis. Ora, o que leva este livro lá dentro? Os romances de Machado de Assis: Memórias Póstumas de Brás Cubas, Memorial de Aires e Dom Casmurro, necessariamente, mas também Quincas Borba, Esaú e Jacob, Helena, por aí fora (são 9). Machado de Assis (1839-1908) é um dos grandes heróis da nossa língua, mulato filho de mulato casado com uma portuguesa; da infância pobre passou a fundador da Academia. Não o ler é uma afronta à Língua Portuguesa. Do humor bravo e etéreo de Brás Cubas à suspeita de traição de Capitu, estas páginas esperaram por nós – e continuam.

[Publicado aqui.]