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A privacidade dos e-readers

Mein Kampf, o livrinho escrito há quase cem anos por aquela então jovem esperança do nazismo, Adolph Hitler, tornou-se um sucesso na sua versão digital. Parece que os leitores se sentem mais à vontade a beber clandestinamente a sapiência do Führer. Desta forma, os res­tantes passageiros do metro poderão estranhar o esgar maquiavélico ­daquele sujeito mas, não sabendo que está a ler o livro de Hitler, não se atreverão a pôr em causa as suas credenciais humanistas. Este é apenas o exemplo mais recente de uma tendência que terá atingido o pico com As Cinquenta Sombras de Grey. Apro­veitando a privacidade dos e-readers, os leitores, resguardados dos olhares recriminadores dos outros, consomem a porcaria que lhes apetece. O que não é completamente mau. Pelo menos têm vergonha, o que é um primeiro passo para a reabilitação. Bruno Vieira Amaral.

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