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Eduardo Pitta e os «comes e bebes» das editoras e livrarias

Sem ofensa, isto das editoras e das livrarias diletantes lembra-me sempre os comes e bebes. Não conheço nenhum assalariado, médico, artista, bancário ou socialite que não sonhe abrir um restaurante. Nenhum domina os rudimentos da restauração, mas todos se consideram aptos à empresa. Meia dúzia cresceu em casas onde havia boas cozinheiras, a maioria viaja, todos socializam. Nos jantares em que estas coisas se «discutem», em regra a partir da segunda garrafa de Mouro 2005 (Miguel de Orduna Viegas Louro, da Quinta do Mouro, Estremoz, para Dirk Niepoort), distribuem-se lugares: «Tu tratas das relações públicas, eu fico na sala...» A maioria leva-se a sério, e alguns, para desgraça colectiva, até cometem.

 

[Eduardo Pitta, hoje, aqui.]