«Ann Morgan dormiu muito pouco durante um ano inteiro. A escritora e blogger inglesa terminava o projeto em que, durante um ano, fez um périplo de leitura por escritoras mulheres quando um leitor do seu blogue A Year Of Reading Women lhe fez um reparo: na sua lista, pouquíssimas eram as obras fora do mundo anglo-saxónico.
Estávamos às portas de 2012, ano em que Inglaterra recebeu o mundo que ali ia assistir aos Jogos Olímpicos ou jubileu da rainha Isabel II. Era, pois, a hora certa para o temerário projeto que a levou a, durante um ano, ler um livro de cada país. A "viagem" seria relatada no blogue A Year Of Reading The World, que hoje conta cerca de um milhão de visualizações. A contagem inicial era de 196 livros/países, mas Ann resolveu incluir o Curdistão, 197.º, em representação dos territórios não reconhecidos pelas Nações Unidas.»
Estes foram os livros de autores de língua portuguesa lidos por Ann Morgan:
A Casa dos Budas Ditosos - João Ubaldo Ribeiro
O Testamento do Senhor Napumoceno da Silva Araújo - Germano Almeida
Unidade e Luta - Amílcar Cabral
Ualalapi - Ungulani Ba Ka Khosa
O Mandarim e Outras Histórias - Eça de Queirós
A Casa do Pastor - Olinda Beja
Ler a notícia completa no DN. Pode também visitar o blog de Ann Morgan aqui.
O sucesso de Roberto Bolaño no mercado norte-americano marcou o início de uma nova fase para a literatura latino-americana após a geração do boom (García Márquez, Vargas Llosa, Carlos Fuentes, Cortázar). Mas será que os efeitos da bolañomania foram positivos para a generalidade dos autores latino-americanos ou será que as editoras só querem encontrar o novo Bolaño?
«Se queremos que as palavras nos embalem, para podermos adormecer, há palavras que servem para isso. E há palavras que nos acordam, que constantemente nos acordam, mesmo que tenhamos muito sono.» Entrevista de Anabela Mota Ribeiro.
Francisco Bethencourt
«O racismo está no coração da modernidade.»
O historiador português, professor de História no King’s College, acaba de publicar o livro Racismos, na Temas e Debates. Entrevista de Bruno Vieira Amaral
A Grande Guerra entre Mário Cesariny e Luiz Pacheco
As relações entre Mário Cesariny e Luiz Pacheco constituem dentro do surrealismo português, ou das suas adjacências, no período que vai de 1966 a 1974, ano da publicação do livro Pacheco versus Cesariny, um verdadeiro campo de batalha. Artigo de António Cândido Franco.
O Mistério Ferrante
Elena Ferrante continua a conquistar leitores em todo o mundo. Isabel Lucas esteve em Nova Iorque, cidade onde se fala da Ferrante Fever, para perceber o mistério.
Ted Hughes por Hugo Pinto Santos
Mais do que uma simples biografia não autorizada, Ted Hughes – The Unauthorised Life é a narrativa de uma vida não autorizada, como explica o seu autor, Jonathan Bate.
Siegfried Kracauer por José Marmeleira
Pela primeira vez editado em Portugal, o pensador e ensaísta alemão Siegfried Kracauer apresenta-se aos leitores com Os Empregados, obra que se confronta com a dinâmica da racionalidade instrumental para falar dos seus efeitos na vida dos homens.
Estarão os nossos líderes a cair na armadilha da linguagem e, dessa forma, a fazer um favor aos terroristas? Shami Chakrabarti acha que sim:
«O termo “orwelliano” faz-me pensar no seu ensaio de 1946, Politics and the English Language, e na forma como um mau uso da linguagem pode levar à distorção da verdade e, em última análise, aos abusos contra as próprias pessoas.»