Ser letrado reaccionário ou reaccionário letrado?
Uma excelente crónica de António Guerreiro no Público: «O reaccionário letrado e o letrado reaccionário podem respeitar-se mutuamente, mas não pertencem à mesma confraria.»
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Uma excelente crónica de António Guerreiro no Público: «O reaccionário letrado e o letrado reaccionário podem respeitar-se mutuamente, mas não pertencem à mesma confraria.»
Os candidatos devem começar a preparar a documentação para as bolsas de criação literária Criar Lusofonia, do Centro Nacional de Cultura. Anualmente são atribuídas duas bolsas, de acordo com a mesma fonte, uma delas a um candidato português e outra a um escritor/investigador de países lusófonos. As duas bolsas de criação/investigação literária, que devem produzir obras com o objetivo de divulgação no espaço lusófono, permitirão uma estada de quatro meses em Portugal ou num dos outros sete países lusófonos.
Elliott Bay Book Co., Seattle.
Fotografia de Bryan David Griffith.
Martin Amis, em Londres. Repararam na máquina de escrever?
Susan Sontag: o riso, o chá, o cigarro e o cinzeiro, a máquina de escrever, o telefone, a camisa.
Mr. Jack London. Escrever com equipamento apropriado. Olhem as botas.
Sylvia Plath, sempre mais bela do que os livros.
Quando foi noticiada, a contratação de Ed Park para editor de ficção da Amazon pareceu aquilo que era: o desejo de o gigante da distribuição garantir respeitabilidade literária. Estávamos em 2011. Quase nada melhor do que Ed Park, uma das estrelas do meio literário novaiorquino, editor na secção de livros do Village Voice, finalista do Pen Hemingway de 2008 com o romance Personal Days e colaborador do The New York Times e do Los Angeles Times. Talvez o negócio da Amazon não seja propriamente literatura — como sabemos –, mas apenas distribuição. Ao fim de três anos, Ed Park tinha conseguido publicar 20 livros no catálogo da Amazon (livros que as livrarias se tinham recusado a vender, por razões óbvias). Isso terminou: Park segue agora para a Penguin como editor executivo, abandonando a distribuição ao que é da distribuição. Toda a história aqui, no The New York Times.
Amazon e Hachette já chegaram a acordo sobre as margens e os preços dos livros eletrónicos, pondo termo a uma guerra de longos meses.
Herbert George Wells, H. G. Wells.
Mr. Tennessee Williams. Uma boquilha.
Pelo menos nesta entrevista ao The New York Times — em que fala dos livros que leu, dos que anda a ler e do que se prepara para ler, e onde lista os três autores que convidaria para um jantar literário: Philip Roth, Keith Richards e Lev Tolstoi (e Bob Dylan como um extra).
Bruno Vieira Amaral é o vencedor do Prémio Fernando Namora com o romance As Primeiras Coisas (Quetzal), que já tinha obtido o Prémio Pen e o Prémio Time Out Melhor Livro do Ano.
Entre os finalistas estavam Afonso Cruz, com Para onde vão os guarda-chuvas, Ana Margarida Carvalho com Que importa a fúria do mar (que obteve o Prémio APE), Ana Cristina Silva com A segunda morte de Anna Karénina, Luís Cardoso com O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação e Nuno Júdice com A Implosão. O júri foi presidido por Guilherme d’Oliveira Martins e constituído por José Manuel Mendes, Manuel Frias Martins, Maria Carlos Loureiro, Maria Alzira Seixo, Liberto Cruz, João Lobo Antunes, Nuno Lima de Carvalho e Dinis de Abreu.
[Foto Diana Quintela / Global Imagens]
Em França, onde o número de prémios literários é — no mínimo — abundante, há tambem uma certa disputa entre eles. O que não evita certos atropelamentos, como o que ocorreu ontem, com o anúncio quase em simultâneo do Goncourt e do Renaudot. À parte esses, existem ainda o Femina, o Médicis, o do Le Monde, o Fnac, o Chateaubriand, o da Academia, o Nadar, o Jean Giono, o François Mauriac, o Lecteurs, o Choix des Libraires, o da Crítica, o Paul Verlaine, o da Francofonia, etc. Em Portugal, evidentemente que a lista de prémios literários não é tão generosa — e, dados os valores em causa (que permitem algum festejo aos autores e editores premiados), conviria que cada um deles fizesse a sua «marcação de espaço», tivesse o seu tempo, criasse as suas expetativas. Isso é bom para as entidades que atribuem os prémios, para os editores e, em primeiro lugar, para os autores. Não foi isso que aconteceu este ano, com o Premio APE de Romance e Novela e o Pen anunciados no mesmo dia, com meia-hora de diferença. Nada obsta, naturalmente, a que seja assim. Apenas o bom senso.
Pas pleurer de Lydie Salvayre (Seuil), ganhou o Goncourt – ontem, 5 de novembro. A lista dos finalistas incluía Pauline Dreyfus, Ce sont des choses qui arrivent (Grasset), David Foenkinos, com Charlotte (Gallimard) ou Kamel Daoud, Meursault, contre-enquête (Actes sud). O livro de Kamel Daoud será publicado em Portugal pela Teodolito.
Entretanto, Charlotte, de David Foenkinos (também finalista do Goncourt) acaba de ganhar o Renaudot na categoria de ficção. O Renaudot de ensaio foi para Christian Authie, com De chez nous (Stock), e o Renaudot Poche, para Florence Seyvo, com Le Garçon incassable (Points).
O Grande Prémio de Romance e Novela APE/ Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas - 2013, acaba de ser atribuído ao romance Que Importa a Fúria do Mar, de Ana Margarida de Carvalho (Teorema).
Bruno Vieira Amaral. Ana Luísa Amaral.
Golgona Anghel. Gastão Cruz.
NARRATIVA:
Bruno Vieira Amaral, As Primeiras Coisas (Quetzal)., ex-æquo com Ana Luísa Amaral, Ara (Sextante).
POESIA:
Gastão Cruz, Fogo (Assírio & Alvim), ex-aequo com Golgona Anghel, Como uma Flor de Plástico na Montra de um Talho (Assírio & Alvim)
ENSAIO:
Diogo Ramada Curto, Para que serve a História (Tinta-da-China)
PRIMEIRA OBRA:
João Pedro Cachopo, Ensaio sobre o Pensamento Estético de Adorno (Vendaval), ex-aequo com Rosa Oliveira, Cinza (Tinta da China)
O metro de Moscovo passou a disponibilizar gratuitamente uma lista de «100 livros canónicos da literatura russa» (como Tolstoi, Pushkin ou Tchekhov), em formato digital, aos seus 2,5 milhões de passageiros. O mesmo projeto vai estender-se a cerca de 700 autocarros e elétricos que circulam na capital russa. O Metro de Lisboa tem disponibilizado greves, sobretudo.
Tom Hanks tem uma bela coleção de máquinas de escrever – e está a escrever um conjunto de histórias em parte sobre elas, ou a propósito da sua paixão por máquinas de escrever. O livro será publicado pela Knopf.
Terminus radieux (Seuil), de Antoine Volodine é o Prémio Médicis deste ano. No ensaio, a distinção vai para Frédéric Pajak com o terceiro volume do seu Manifeste incertain (Noir sur Blanc) e Lily Brett ganha o Médicis de romance estrangeiro com Lola Bensky (La Grande Ourse).
Zeruya Shalev, Yanick Lahens e Paul Veyne
Quanto ao Femina, é como se segue: a grande vencedora é a haitiana Yanick Lahens com Bain de lune (Wespieser); o historiador Paul Veyne ganha o prémio de ensaio com Et dans l’éternité je ne m’ennuierai pas (Albin Michel) e o romance estrangeiro foi para a israelita Zeruya Shalev, com Ce qui reste de nos vies (Gallimard).