Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

LER

Livros. Notícias. Rumores. Apontamentos.

Žižek em Teerão

Artigo de Slavoj Žižek na London Review of Books sobre o Irão, com o divertido título «Berlusconi in Tehran»:

«When an authoritarian regime approaches its final crisis, but before its actual collapse, a mysterious rupture often takes place. All of a sudden, people know the game is up: they simply cease to be afraid. It isn’t just that the regime loses its legitimacy: its exercise of power is now perceived as a panic reaction, a gesture of impotence. Ryszard Kapuściński, in Shah of Shahs, his account of the Khomeini revolution, located the precise moment of this rupture: at a Tehran crossroad, a single demonstrator refused to budge when a policeman shouted at him to move, and the embarrassed policeman withdrew. Within a couple of hours, all Tehran had heard about the incident, and although the streetfighting carried on for weeks, everyone somehow knew it was all over. Is something similar happening now?»

Portugal Futuro

A Sextante publicará já em Setembro, e sob a direcção de António José Teixeira (jornalista, director de informação nda SIC Notícias) uma nova colecção de debate sobre Portugal: Portugal Futuro. Os primeiros títulos são de Mário Soares (Elogio da Política), Lídia Jorge ou do ex-PGR Francisco da Cunha Rodrigues.

O conservadorismo negro

Michael Jackson na The New York Review of Books:

 

«During Jackson's childhood in Gary, Indiana, black conservatism would have reigned. Among US cities with a population of 100,000 or more, Gary—a steel town twenty-five miles southeast of downtown Chicago—has the highest percentage of black residents, mostly Southern transplants, mostly Christian, and steadfastly heterosexual. Both of Jackson's parents' roots were in the South. His mother, Katherine, was a devout Jehovah's Witness. She suffered Joe's various infidelities and cruelties to their nine children with the forbearance of one whose reward will come not in this world, but the next.»

Direitos de e-books

Não é uma matéria actual entre nós, mas veja-se o que acontece nas negociações de direitos de e-books com a Random House: «Random House UK has come under fire from literary agents for offering e-book royalty rates below other publishers» No The Bookseller.

Chiado e Islão.

Da Chiado Editora recebemos o seguinte comunicado:

 

«No seguimento da contestação pública de que foi alvo, na televisão, na imprensa escrita e na blogosfera, - nomeadamente por pessoas com responsabilidade na formação de opinião como José Pacheco Pereira e Francisco José Viegas - a decisão da Chiado Editora de suspender a publicação de “A Última Madrugada do Islão”, do escritor André Ventura, o Conselho Editorial pretende expor publicamente – e de forma definitiva para não alimentar polémicas adicionais – alguns factos que estiveram na origem da decisão anunciada no passado dia 14 de Julho de 2009.
Efectivamente, para além dos elementos apontados no comunicado público, a Chiado Editora tem em seu poder alguns comentários e pareceres que obrigariam qualquer editora respeitável no mundo a reflectir, a ponderar e a medir as consequências da publicação desta obra, no mercado português ou em qualquer outro mercado editorial.
Para que seja do conhecimento público, entre comentários de professores universitários, entre os quais o Professor Pablo Cortés (University of Leicester) e o Professor Olufemi Amao, (Brunel University) e membros da comunidade muçulmana que nos pediram expressamente a não divulgação dos respectivos nomes com receio de represálias, a orientação recebida vai no sentido de que “A Última Madrugada do Islão” tem um “potencial incendiário” de “consequências imprevisíveis”, pela envolvência psicológica e sexual que rodeia a figura do Profeta Maomé, assim como pela indicação de pessoas e lugares reais da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
Foi neste sentido (mais ainda após as já conhecidas ameaças, recebidas quando se iniciou a promoção do lançamento da obra) que o Conselho Editorial da Chiado Editora decidiu solicitar ao Sheikh David Munir, líder da Comunidade Islâmica de Lisboa, um parecer sobre o eventual conteúdo ofensivo da obra em causa e eventuais consequências da sua publicação.
A Chiado Editora respeita absolutamente a liberdade de expressão em Portugal. É por ela e em função dela que continua a trabalhar. Mas a liberdade de expressão não pode ser exercida sem ter em conta valores fundamentais como a segurança e a harmonia da comunidade. O pedido do parecer ao Sheikh David Munir, longe de consubstanciar qualquer censura prévia da Chiado Editora face à obra e ao autor, prende-se em exclusivo com uma vontade natural de procurar referenciais objectivos face aos riscos de ir contra as bases fundamentais em que assenta toda uma confissão religiosa (qualquer que seja) e a emoção dos seus fiéis. Há, na verdade, mesmo nas democracias mais avançadas, toda a diferença entre aquilo que podemos e aquilo que devemos. E quem não aprende com a História, torna-se vítima dela.»

 

Leya entra directamente no mercado brasileiro

Ao final da tarde de hoje, a Leya emitiu o seguinte comunicado:

 

«A Leya vai iniciar uma nova fase estratégica na construção do grupo editorial de referência em língua portuguesa. A partir de Setembro, a Leya passará a editar directamente no mercado brasileiro.
Para isso, constituiu uma equipa de vinte prestigiados profissionais no meio editorial com o objectivo de desenvolver um plano editorial com mais de 100 livros por ano. A nova editora publicará sobre a chancela Leya e iniciará a sua actividade com o livro “Rastro do Jaguar”, de Murilo de Carvalho, vencedor da primeira edição do Prémio Leya. A direcção editorial será assegurada por Pascoal Soto, que desempenhava as mesmas funções na operação do Grupo Planeta no Brasil.
Com esta iniciativa, a Leya espera estar a dar o primeiro e decisivo passo em direcção à realização de mais um dos seus objectivos estratégicos. A Leya pretende ser um player relevante no mercado brasileiro e, por isso, continua a analisar o mercado latino-americano no sentido de reforçar a sua presença através da aquisição de editoras locais.
A partir de agora, a Leya está em condições de cumprir mais um dos seus compromissos iniciais, que era o de assegurar a publicação dos seus autores em todo o mercado de língua portuguesa, um objectivo importante não apenas para a empresa e autores, mas também para o reforço da cultura portuguesa no mundo.»

 

Fica assim confirmado que a Leya não avançou para qualquer aquisição de editoras no mercado brasileiro, depois de terem existido negociações (apenas as noticiadas) com o grupo Record, a Companhia das Letras e a Ediouro. A Leya preferiu usar a sua chancela para actuar directamente no Brasil.

Pág. 1/4