«Desde o ano passado o mercado editorial brasileiro está agitado com o desembarque de um ambicioso grupo editorial lusitano. Ninguém comenta oficialmente, mas editoras-chave como Record, Companhia das Letras e Sextante já entraram na mira do grupo português Leya. Todas as tentativas de aquisição, no entanto, naufragaram.
Agora, as negociações estão concentradas na compra de uma participação na editora Nova Fronteira, que pertence à Ediouro. Mas a operação ainda não foi concluída, segundo Luiz Fernando Pedroso, diretor-superintendente do grupo Ediouro. A rigor, o negócio pode nem se concretizar.
Entrar no mercado brasileiro é estratégico para a holding Leya, criada em janeiro de 2008. Antes disso o empresário português Miguel Paes do Amaral, maior acionista do grupo, já vinha adquirindo de forma acelerada editoras em Portugal - inclusive as tradicionais Dom Quixote (que publica a obra de António Lobo Antunes) e Caminho (casa de José Saramago). Na época, Lobo Antunes protestou e ameaçou boicotar a editora sob nova direção. Havia especulações de que as compras visariam apenas uma valorização para revenda futura.
As aquisições continuaram desde então. A holding atualmente já domina o mercado lusitano e reúne 17 casas. As compras incluíram editoras em Angola e Moçambique.
No Brasil, a história é diferente. Ainda que a Leya tenha feito ofertas generosas, nada se concretizou. Na mais rumorosa troca de editora de um escritor nacional dos últimos anos - a de Rubem Fonseca-, a Leya teria oferecido R$ 1,5 milhão pelo passe do autor de Feliz Ano Novo, entre luvas e adiantamento - sem sucesso.
Fontes do mercado agora apontam que o próprio grupo Leya estaria à venda na Europa. “A informação é falsa”, disse àFolha Isaías Gomes Teixeira, administrador-executivo do grupo. Além de negar a venda do grupo categoricamente, ele diz que não comenta as operações da Leya no Brasil.»
Acompanhar o blogue de Eduardo Coelho dá nisto: «A brasiliana de José Mindlin, doada em 2006 para a USP [Universidade de São Paulo], já pode ser consultada on-line. Estão à disposição dos leitores mais de 16.000 títulos da coleção. Grande iniciativa! Consultem aqui.»
«Piso às quatro e meia a terra grega. Entrada maravilhosa à saída de Patras. Vamos rente ao mar entre oliveiras e ciprestes e montanhas azuladas. Calor leve, ar perfumado. As montanhas ligam a terra ao Olimpo. Paramos e vou molhar os pés, as mãos, os braços e a cara no mar. A água é maravilhosa, transparente e fresca. Bebo-a. É muito salgada. É a paisagem mais maravilhosa que vi na minha vida.»
O Prémio Nobel conversa com Isabel Coutinho e José Mário Silva sobre «meio ano de actividade do seu blogue» e promete responder às perguntas que os leitores enviaram para pergunteasaramago@sapo.pt. Dia 25, na sala Coimbra B do Tiara Park Hotel, rua Castilho, 149, em Lisboa (antigo Hotel Meridien), às 18h30.
A partir de Outubro, a Tinta-da-China começa a publicar uma colecção de literatura humorística coordenada por Ricardo Araújo Pereira (The Pickwick Papers, de Charles Dickens, será um dos primeiros títulos), que no próximo número da LER aponta 10 livros que tem pena de não ter editado.
O aviso é de Eduardo Pitta: «Hoje, o programa "Grandes Livros", que a RTP-2 emite às 21h15, é dedicado ao romance Sinais de Fogo (1979), de Jorge de Sena, provavelmente a mais importante obra da literatura portuguesa de ficção de todo o século XX.»
Por estes dias em Lisboa, Olivier Rolin lê um excerto do seu novo romance, cuja tradução portuguesa (Um Caçador de Leões) será editada em Setembro pela Sextante. [Via Ciberescritas]
«O Conselho de Administração da Leya informa que foi alargada a sua composição com a cooptação de Pedro Doutel que esta semana assumiu a função de Administrador (Chief Financial Officer - CFO) do grupo, sendo responsável pela coordenação das Direcções Financeira, Controlo de Gestão, Recursos Humanos e Sistemas de Informação. A experiência profissional de Pedro Doutel inclui auditoria financeira (Arthur Andersen, actualmente Deloitte), cerca de 10 anos na Banca de Investimento (BNP Paribas e Banco Efisa) e, mais recentemente, foi CFO do Grupo Martifer.»
Hoje, no centro comercial Foz Plaza (Figueira da Foz), num espaço de 100 metros quadrados; a 23 de Junho, no Fórum Montijo, ampliação que resultará (300 metros quadrados), segundo os responsáveis, na «maior livraria da Margem Sul». Com estas duas inaugurações, a Bertrand passa a contar com uma rede de 53 livrarias em todo o país.