Capa LER de Janeiro
Aqui está a primeira peça do puzzle. Quem é, desta vez, a figura da capa?
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Aqui está a primeira peça do puzzle. Quem é, desta vez, a figura da capa?
A polémica não é nova na blogosfera (já vem desde 2006), mas ganha agora outra dimensão nos jornais: Téofilo Huerta Moreno, jornalista e escritor mexicano, acusa José Saramago de plágio. Em causa está o livro As Intermitências da Morte, publicado pelo Nobel português em 2005. Um ano depois, Moreno criou um blogue onde explica as suas razões.
«Estou às voltas com um novo livro. Quando, no meio de uma conversação, deixo cair a notícia, a pergunta que me fazem é inevitável (o meu sobrinho Olmo fê-la ontem): e qual vai ser o título? A solução mais cómoda para mim seria responder que ainda não o tenho, que precisarei de chegar ao fim para me decidir entre as hipóteses que se me forem apresentando (supondo que assim seria) durante o trabalho. Cómoda, sem dúvida nenhuma, mas falsa. A verdade é que ainda a primeira linha do livro não havia sido escrita e eu já sabia, desde há quase três anos (quando a ideia surgiu), como ele se iria chamar. Alguém perguntará: porquê esse segredo? Porque a palavra do título (é só uma palavra) contaria, só por si, toda a história. Costumo dizer que quem não tiver paciência para ler os meus livros, passe os olhos ao menos pelas epígrafes porque por elas ficará a saber tudo. Não sei se o livro em que estou a trabalhar levará epígrafe. Talvez não. O título bastará.»
Texto publicado hoje aqui.
Três mil documentos inéditos de Ernest Hemingway vão estar disponíveis aqui a partir de 5 de Janeiro.
Les Tribulations d'une Caissiere (Stock), escrito por Anna Sam, 29 anos, tornou-se um dos livros de 2008 em França, tendo vendido mais de cem mil exemplares. Apontamentos (chamemos-lhe assim) de uma jovem estudante que durante oito anos trabalhou num supermercado em part-time. Aguarda-se a tradução para inglês. Blogue a acompanhar.
As fotografias que marcam este ano. Em matéria de livros, claro. Uma escolha do jornal The Guardian. E também o que não se deve perder em 2009.
A exposição itinerante «Ruedo Ibérico – Um Desafio Intelectual», comissariada pelo professor Nicolás Sánchez-Albornoz, pode ser vista em Lisboa até dia 22 de Janeiro, no Instituto Cervantes. A editora Ruedo Ibérico, fundada em Paris em 1961, no Marais (abrindo em 1970 uma livraria na Rue Latran, Quartier Latin), representou várias correntes da resistência ao franquismo. A exposição mostra publicações, correspondência, fotografias e outros documentos, bem como obras de artistas que aderiram ao projecto (casos de Saura, Tàpies, Millares, Ortega, Seoane). O catálogo da editora incluiu obras de escritores como Celaya, Blas de Otero, Espriu, Ángel González e Goytisolo, livros políticos sobre temas espanhóis, Portugal, Cuba, etc., e históricos, traduzindo G. Brenan, H. Southworth, S. Payne, G. Jackson ou Ian Gibson. Exposição e catálogo foram organizados pela Residencia de Estudiantes, com patrocínio da Fundación Altadis e colaboração da Generalitat Valenciana, da Fundación Antonio Pérez e do Ministério da Cultura, além de instituições e coleccionadores que ajudam a evocar a Ruedo Ibérico, extinta há mais de 20 anos. A editora, marcante na história intelectual do século XX e em especial do exílio espanhol, chegou a participar na Feira de Frankfurt a partir de 1971. O director, José Martínez Guerricabeitia (que com Jorge Semprún assinara em 1965 um texto programático no nº 1 dos Cuadernos de Ruedo Ibérico, que terminaram em1979), faleceu em 1986. N. Sánchez-Albornoz, co-fundador da editora e primeiro presidente do Instituto Cervantes, é filho do historiador Claudio Sánchez-Albornoz, embaixador em Lisboa até ao reconhecimento da Junta de Burgos por Salazar. Para memória, aqui e aqui. [Francisco Belard]
José Mário Silva explica aqui como o fenómeno da «Bolañomania» se continuará a espalhar em 2009.
A editora Cavalo de Ferro e o Instituto Camões já entraram.
Distinguido este fim-de-semana pelo Clube Literário do Porto, António Lobo Antunes afirmou que os «os livros em Portugal são indecentemente caros». Notícia aqui.
O politólogo norte-americano Samuel Huntington, conhecido sobretudo pelo seu ensaio O Choque de Civilizações e a Mudança na Ordem Mundial, editado em Portugal pela Gradiva, morreu no dia 24 de Dezembro, aos 81 anos.
Notíciário desenvolvido no Daily Telegraph, The Guardian, The Independent, The Times (obituário do Times).
E Se Eu Gostasse Muito de Morrer, romance de estreia de Rui Cardoso Martins (Dom Quixote, 2006), foi lançado agora em Espanha, pela Bruguera, com o título Y Si Me Gustara Morir. O novo romance do escritor português será publicado em Abril de 2009 (também pela Dom Quixote) e já tem título: Deixem Passar o Homem Invisível.
Os livros do último mês que lideram as tabelas de vendas nos Estados Unidos. Aqui.
O Segredo, de Rhonda Byrne, é o livro mais vendido em Portugal pelo segundo ano consecutivo. «Ocasionalmente descia de lugar quando era lançada uma grande novidade, mas regressava ao primeiro lugar. Torna-se assim um fenómeno português», explicou José Prata, editor da Lua de Papel, ao jornal Público. Cerca de 435 mil exemplares, divididos por 21 edições, foram colocados no mercado.
A Biblioteca de Livros Digitais, criada em parceria com o Plano Nacional de Leitura, foi apresentada ontem.
Aqui.
Está nas bancas. Está nas livrarias. Diga-nos onde não está.
A revista Tabacaria vai voltar a ser editada, «não necessariamente com esse nome», garantiu hoje Inês Pedrosa, directora da Casa Fernando Pessoa, em entrevista ao jornal Público. «Tem de ser bilingue, além de fortemente literária. Pessoa já não é só de Portugal - aliás, nunca foi. Temos também um projecto de edição contínua de textos em torno de Fernando Pessoa com o grupo editorial Leya. Estamos a estudar o modelo.»
«Tardia como em geral a justiça o é, mas definitiva. Afinal, não era assim, faltava-nos o golpe final, faltavam-nos ainda aqueles sapatos que um jornalista da televisão iraquiana lançou à mentirosa e descarada fachada que tinha na sua frente [George W. Bush] e que podem ser entendidos de duas formas: ou que esses sapatos deveriam ter uns pés dentro e o alvo do golpe ser aquela parte arredondada do corpo onde as costas mudam de nome, ou então que Mutazem al Kaidi (fique o seu nome para a posteridade) terá encontrado a maneira mais contundente e eficaz de expressar o seu desprezo. Pelo ridículo. Um par de pontapés também não estaria mal, mas o ridículo é para sempre. Voto no ridículo.»
Excerto de um texto publicado hoje no blogue de José Saramago.