Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

LER

Livros. Notícias. Rumores. Apontamentos.

Lobo Antunes permanece na Dom Quixote

Depois de meses de hesitação, António Lobo Antunes decide continuar na Dom Quixote. «Agrada-me a promessa de que a Dom Quixote volte a ser a editora de referência que era no tempo da Snu Abecasis, quando as pessoas compravam os seus livros porque tinham essa chancela, como era o meu caso. Estou convicto de que o querem fazer e espero que revitalizem as colecções que ela criou, como os Cadernos de Poesia e os Cadernos Dom Quixote, e que aquilo que eu acho que é o lixo editorial - é necessário publicar porque traz dinheiro - seja feito noutras chancelas do grupo. [...] A Dom Quixote ficaria uma editora literária de qualidade, que não dará os erros de palmatória como aconteceu nos meus livros - nas edições Booket e nas Ne Varietur - e que eu não tolero e quanto aos quais ninguém foi responsabilizado.» A notícia é publicada na edição de hoje do Diário de Notícias.

Palavras em palco

Como Fazer Coisas com as Palavras é uma adaptação de Pedro Mexia a partir de textos do filósofo John Austin. «Ele [John Austin] vinha citado sempre que se falava de Wittgenstein, um filósofo de que gosto muito, e um dia mandei vir o livro e diverti-me ao lê-lo. Achei que podia dar uma peça de teatro e deixei uma nota num caderno a dizer "isto dava uma peça"», conta Mexia ao DN. Ai está: Teatro São Luiz, em Lisboa, a partir de amanhã e até 5 de Julho. Ricardo Araújo Pereira será o intérprete em palco.

 

29 cadernos

A Biblioteca Nacional coloca hoje online a colecção de 29 cadernos de Fernando Pessoa, entre manuscritos de poemas em português e inglês, apontamentos diversos, listagens de livros, notas de leituras e horóscopos. Segundo o Público, um dos cadernos é «especialmente relevante para o conhecimento dos anos de formação de Pessoa, na África do Sul, e que ajuda a esclarecer a génese do heterónimo Alexander Search».
 

Marca Pessoa em debate

A nova sessão de Livros em Desassossego realiza-se amanhã, a partir das 21h30, na Casa Fernando Pessoa. Tema: como valorizar (ainda mais) a marca Pessoa, agora que se anuncia o leilão de parte do espólio em poder da família do poeta. Para o debate, o ministro da Cultura José António Pinto Ribeiro, a sobrinha do poeta Manuela Nogueira, o professor universitário António M. Feijó, o investigador Jerónimo Pizarro e o editor Manuel Rosa, que escolherá três livros publicados recentemente que gostaria de ter no catálogo da Assírio & Alvim. Carlos Vaz Marques modera a sessão. A entrada é livre.

Albert Cossery [1913-2008]

Uma justa homenagem não tem data. O escritor egípcio Albert Cossery morreu dia 22 de Junho, aos 94 anos, em Paris, onde vivia desde 1945. Os oito livros publicados têm edições em português na Antígona: Mendigos e Altivos (1992), Mandriões no Vale Fértil (1999), A Violência e o Escárnio (1999), As Cores da Infâmia (2000) A Casa da Morte Certa (2001), Uma Conjura de Saltimbancos (2001), Os Homens Esquecidos de Deus (2002) e Uma Ambição no Deserto (2002). Chamavam-lhe o «Voltaire do Nilo».

50 livreiros independentes

Notícia Blogtailors: «A LI - Livrarias Independentes aprovou por unanimidade a sua criação e, após a discussão de vários pontos relativos à sua actividade e relação com outros elos e agentes do mercado, decidiram criar grupos de trabalho para estudar/preparar uma série de iniciativas. Foi igualmente eleita uma direcção provisória.»
 

... e em LA.

Também o Los Angeles Times destaca o livro de José Eduardo Agualusa:

 

«This novel is narrated by a gecko, that's to say by a lizard, who also happens to be the reincarnated spirit of Argentine writer Jorge Luis Borges. Well: Some writers like to play for high stakes. From this conceit Agualusa weaves a gorgeous and intricate story about a man who trades in memories, selling people pasts to help reinvent their futures. Set in Angola, the tale darts to and fro with the swiftness of a step over by soccer player Cristiano Ronaldo. There's a murder mystery here, and not only a meditation on the nature of memory. Agualusa's deftness and lightness of touch means we buy into the strange setup with scarcely a blink. He's a young master.»

Pág. 1/4