Vamos recomeçar em breve.
Esta é a notícia da temporada.
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Esta é a notícia da temporada.
Autoras como Margaret Atwood, Mary Beard, Naomi Klein ou Jeanette Winterson dizem que livros as fizeram ser feministas. Depoimentos a reter.
Depois de «feminism» ter sido escolhida como a palavra do ano pelos dicionários Webster, nos EUA, agora foi «youthquake» a escolhida pelos dicionários Oxford — a definição é «a significant cultural, political, or social change arising from the actions or influence of young people». Veja aqui a origem da palavra, muito fashion.
A história habitual: um leitor do escritor francês Claude Simon (Prémipo Nobel em 1985) enviou a 19 editoras 50 páginas de um romance originalmente publicado em 1962, Palace (publicado pela Portugália entre nós) – todas recusaram publicar a obra.
A Le Magazine Littéraire chama-se, agora, Le Nouveau Magazine Littéraire — o seu novo diretor, Raphaël Glucksmann escreve este manifesto no número que foi ontem posto à venda em França.
Publicidade da casa: Bruno Vieira Amaral, editor-adjunto da LER, romancista (de As Primeiras Coisas e Hoje Estarás Comigo no Paraíso), é o Man of the Year na secção Literatura da revista GQ. Um cavalheiro é um cavalheiro.
Álbum The Ghost of Tom Joad, 1995.
Tom Joad é o personagem de As Vinhas da Ira, de John Steinbeck.
“Sou um autor cansado que pertence a uma geração cansada” — o discurso do novo Nobel da Literatura. Aqui na íntegra, em espanhol.
Álbum Kerplunk, 1992.
Holden Caulfield é o personagem de À Espera no Centeio [A Catcher in the Rye], de J.D. Salinger.
Matt Dunham, AP | The Guardian
A medalha do Prémio Nobel atribuído em 2007 a Doris Lessing (1919-2013) vai ser leiloada pela Christie’s na próxima semana, em Londres, por um valor previsto entre 150 e 250 mil libras. A medalha de André Gide foi vendida no ano passado por 300 mil libras – enquanto a de William Faulkner, apresentada a leilão em 2013, por meio milhão de dólares, não encontrou comprador.
Lorin Stein, o diretor da Paris Review demitiu-se depois de uma investigação sobre o seu «comportamento» em relação a funcionárias do sexo feminino e escritoras. «The way I behaved was hurtful, degrading and infuriating to a degree that I have only begun to understand this past month.» Desde a revolução cultural chinesa e as purgas dos anos 30 na URSS que não se liam tantas autocríticas.
Veja, aqui, uma fotogaleria das instalações da Paris Review em NY. Confortável, não?
Na Publishers Weekly, o balanço da Feira de Guadalajara, no México — a maior feira do livro de língua espanhola do mundo.
Álbum Hemingway's Whiskey, 2010.
O Los Angeles Times escolhe os melhores livros de 2017 nas categorias de ficção e de não ficção.
Uma das listas dos livros do ano mais procuradas cá em casa, na The Spectator — em duas partes: a primeira, e a segunda (é necessário registo prévio para navegar na Spectator, mas só perde dois minutos e vale a pena)
No Time Literary Supplement, em defesa dos escritores que escrevem nos cafés usando os seus computadores: «In defence of the coffee shop laptopper», de Kate Symondson.
Álbum Gold, 2001.
A revista francesa Le Point escolhe os seus livros do ano. Na lista de 25 livros, 15 deles são estrangeiros.
A onda de loucura alastra – um diretor de arte da Penguin Random House foi forçado a demitir-se depois de ser acusado de assédio sexual pela comediante Charlyne Yi. Uma história mal contada mas que promete reproduzir-se. A 18 de outubro passado, Charlene Yi tinha acusado o seu colega comediante David Cross de lhe ter dirigido – dez anos atrás – comentários racistas.
A jornalista Dulce Garcia é a nova editora de ficção da Planeta. Membro da equipa fundadora da Sábado, formada no ISCSP, escreveu também no Diário Económico, Correio da Manhã, Máxima e GQ, entre outras publicações. É autora do romance Quando Perdes Tudo Não Tens Pressa de Ir a Lado Nenhum, publicado pela Guerra e Paz. A Planeta é uma editora do Grupo Planeta, um dos maiores grupos de comunicação do mundo, com sede em Barcelona.