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João Gonçalves muda de casa

João Gonçalves é o novo Director de Marketing das editoras do Direct Group/Bertelsmann em Portugal (Bertrand, Pergaminho, Quetzal, Círculo de Leitores, Temas e Debates, etc.) a partir da segunda semana de Janeiro de 2009. João Gonçalves tem desempenhado funções idênticas nas editoras da Oficina do Livro, adquiridas pelo grupo LeYa – que agora abandona.

 

No topo da estrutura da divisão mantêm-se o CEO Miguel Martí e o editor Joan Tarrida (vindo do Circulo de Lectores Espanha/GalaxiaGutenberg).

Alexandre Vasconcelos

Foi anunciado no final da semana passada: Alexandre Vasconcelos, editor da Caderno (uma imprint da Asa), abandonou o grupo LeYa. Em princípio, irá integrar os quadros da Santillana, que pretende alargar os seus negócios para além do domínio do livro escolar.

A Santillana (Santillana Constância em Portugal) está implantada em mais de vinte países na área escolar e é parte do Grupo Prisa, que publica o diário El Pais e possui o Canal+, a Cadena SER ou, em Portugal, a TVI e o grupo de revistas da Media Capital.

Bertelsmann mantém Portugal

 

Depois de alienar os negócios de clube do livro dos EUA e Canadá através do Direct Group North America (que incluía o BMG Music Service, Columbia House DVD, BOMC2.com, Doubleday Book Club, ou Book of the Month Club) à companhia de investimentos Najafi Cos., a Bertelsmann decidiu abandonar até ao final deste mês, na China, quer a cadeia de livrarias Beijing 21st Century Book quer o seu clube do livro, embora tenha anunciado a intenção de manter outras áreas de negócio. De igual modo, foi decidido abandonar as actividades na Coreia e na América Latina.

Hoje foram anunciados os planos da Bertelsmann (que inclui, para além do Direct Group, a BMG, Grünner & Jahr, RTL Group, Arvato e Random House Group) para a sua divisão europeia, e que incluem a venda das filiais do Direct Group na Inglaterra, Rússia, Holanda (incluindo a área belga de língua flamenga), República Checa, Rússia, Eslováquia, Ucrânia e  Polónia, bem como da Austrália e da Nova Zelândia.

Ao mesmo tempo, Hartmut Ostrowski, presidente do grupo multinacional alemão, anunciou a intenção de se concentrar e investir na área do livro na Europa, através dos seus negócios na Alemanha, França, Bélgica, Itália, Portugal e Espanha.

Em Portugal, a companhia é proprietária, entre outras, do Círculo de Leitores, das editoras Bertrand, Temas & Debates, Quetzal, grupo Pergaminho, além da cadeia de livrarias Bertrand e da Distribuidora de Livros Bertrand. O grupo Arvato opera em Portugal através da Printer Portuguesa. A revista LER é publicada pela Fundação Círculo de Leitores.

Miguel Martí

Entrevista de Miguel Martí ao Diário de Notícias: «Temos tempo para fazer as coisas. A Bertelsmann tem 174 anos e é uma fundação. Não estamos cotados na bolsa. A Bertrand tem 276 anos. Não estamos desesperados à procura do lucro rápido. Somos gente pacífica, não roubamos autores. Respeitamos os nossos concorrentes. Queremos concorrer mas também cooperar com eles.» Na íntegra, aqui.

Editores

Decorreu em tom bastante aceso o debate na Casa Fernando Pessoa sobre «o que divide os editores», com Carlos da Veiga Ferreira, Tito Lyon de Castro, Rui Beja e Osvaldo Silvestre, moderado por Carlos Vaz Marques, e com a presença de muitos editores, jornalistas, professores e livreiros (Manuel Alberto Valente, Nelson de Matos, Guilherme Valente, A. Apolinário Lourenço, Manuel Frias Martins, João Galacho, Cristina Ovídio, Paulo Lopes, Rui M- Pereira, Francisco Belard, José Mário Silva, Paulo Ferreira e Nuno Seabra Lopes). Infelizmente, muito esclarecedor mas pouco elucidativo. Parece ter ficado no ar a proposta de uma aliança ou fusão a médio prazo entre a UEP e a APEL, corporizada por Rui Beja, provável candidato à presidência da APEL para o próximo mandato -- mas, ouvindo as declarações de Tito Lyon de Castro, Guilherme Valente, Carlos da Veiga Ferreira, por exemplo, não parece viável. Cenas explosivas, confessionais, longos excursos sobre o associativismo de editores, narrativas sobre as guerras recentes, houve de tudo um pouco. Mas o retrato não foi edificante.

Como excepção, de primeira categoria, a intervenção de Osvaldo Silvestre, professor e editor (da Angelus Novus).

Aletheia

Zita Seabra ao Correio da Manhã: «As editoras não são empresas públicas, onde tanto faz hoje como para a semana. Quando se trabalha com risco, nunca se brinca. Evidentemente que planeámos tudo para abrir no dia anunciado. Pagámos o aluguer do pavilhão, temos pessoal contratado especialmente para a Feira, contratos com empresas para o transporte dos livros e tivemos de tratar com os bancos o necessário para ter lá multibanco. E também um programa para lá ter os autores a assinar livros que nos perguntam o que vai acontecer e nós não sabemos como responder.»