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Bordel de poesia

As sessões privadas custam um euro e no catálogo há mais de uma dezena de nomes (las putas), como Lola Page, Lucita Flores, Eva Léon ou Javi Ninguno. No Prostíbulo Poético de Barcelona, a inspiração vem dos bordéis, mas a poesia é quem manda. Na verdade, quem manda mesmo é Madame, nome artístico de Kiely Sweatt (29 anos), que não só escolhe os poetas (e exige qualidade de escrita e representação) de várias nacionalidades, como dirige este prostíbulo que se reúne uma vez por mês em diferentes bares de Barcelona. Os critérios de seleção estão publicados aqui. Ninguém engana ninguém. Por isso, Kiely não esconde que se trata de ideia em segunda mão – importou o conceito do The Poetry Brothel (Nova Iorque), criado por Stephanie Berger, seu colega do mestrado em poesia. «Andamos sempre à procura de pessoas que queiram fazer o mesmo noutros países – em Portugal, por exemplo. A ideia era criar uma rede internacional de prostíbulos», garantiu Madame ao jornal i. Quem se chega à frente?

A Acordo dos desacordos

Pergunta-se uma pessoa: o que pode levar indivíduos de reconhecida qualidade científica a propor, e tornar a propor, medidas que um exame crítico, mais ou menos aturado, demonstra serem descabeladas, irresponsáveis, quando não idiotas? A resposta poderá espantar, mas tem de ser dita: tudo nasce desse embalador e entorpecente aconchego chamado «Lusofonia». Envoltos nessa doce quentura, mesmo os mais perspicazes espíritos perdem o tino. Em nome de uma «fraternidade» que só existe nos seus delírios, exercem um poder duradouro que ninguém controla, nem eles próprios. 

 

Hoje que dispomos de «Vocabulários» oficiais, brasileiro e português, muita coisa se esclareceu. E, antes de mais, que esses vocabulários nunca haveriam podido ser um só, o chamado «Comum», que só existiu no reino da falácia. Fomos então enganados? Claro que fomos. Só nos resta, pois, desenganarmo-nos.

 

No mês de todos os regressos, a LER publica um ensaio obrigatório de Fernando Venâncio sobre o Acordo OrtográficoDia 1 de Setembro nas bancas, com outros exclusivos e polémicas, revelados aqui nos próximos dias.

Revelações de Mário Cláudio

«Neste momento, aqui no Porto não existe vida literária. Há uma espécie de grémio literário muito mais forte em Lisboa. Lá andam muito acavalados uns nos outros. Mas a verdade é que o clima que se respira entre eles é pouco saudável. O ar é muito poluído.»

 

«Digo frontalmente: António Lobo Antunes é que devia ter ganho o Nobel. Há pessoas que vão ficar zangadas comigo, mas eu assumo. Agora, a escrita dele é muito mais fácil de imitar do que a do José Saramago.»

 

«Como figura de ficção, Tiago Veiga tem de ser respeitado por razões de afecto. Explico-lhe porquê: uma das maiores deceções que tive foi quando os meus pais me disseram que o Pai Natal não existia. Estava farto de saber mas não queria confrontar essa verdade. Fiquei completamente devastado. Não quero devastar ninguém.»


No mês de todos os regressos, a LER publica uma grande entrevista a Mário Cláudio, autor de Tiago Veiga - Um Romance. Dia 1 de Setembro nas bancas, com outros exclusivos e polémicas, revelados aqui nos próximos dias.

Acordo de parceria assinado entre o Grupo Porto Editora e a Assírio & Alvim

«Um acordo de parceria estratégica para as áreas de edição e de distribuição.» É desta forma que o Grupo Porto Editora e a Assírio & Alvim anunciam a nova ligação editorial. «Os objetivos deste acordo», pode ler-se no comunicado, «são o de dar maior sustentabilidade ao excelente trabalho editorial que distingue a Assírio & Alvim, bem como o de contribuir para que as respetivas obras cheguem a um maior número de leitores. Para a persecução desses propósitos, a Assírio & Alvim beneficiará das sinergias criadas no contexto do Grupo Porto Editora, sendo fundamental sublinhar que a continuidade editorial está expressamente assegurada, preservando-se assim as características fundamentais de uma editora de prestígio reconhecido. O acordo, acrescente-se, «contempla todo o catálogo da Assírio & Alvim, incluindo o designado fundo editorial».