Booker 2008
No blog da Isabel Coutinho pode conhecer a lista dos candidatos ao Booker deste ano. É uma boa lista.
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No blog da Isabel Coutinho pode conhecer a lista dos candidatos ao Booker deste ano. É uma boa lista.
Percam a vergonha e admitam que não leram alguns dos «grandes livros». É o tema desta peça do Telegraph.
Já tínhamos dado a notícia sobre a edição da Wikipedia em livro, numa edição alemã da Bertelsmann Lexikon, mas aí está anunciada a sua edição para Outubro, a tempo da feira de Frankfurt — mas apenas em alemão. O volume andará pelas mil páginas e custará 19,95€. Novidade: os factos, dados e nomes referidos na edição online foram revistos e conferidos pelos editores da versão em papel. E mais: só a lista dos colaboradores ocupa 30 páginas. Eis como a web 2.0 se transfigura.
Como sempre muito, muito bom, Pedro Vieira (o nosso ilustrador de eleição nas páginas da LER) retrata João Ubaldo Ribeiro, o novo Prémio Camões.
Na Assírio & Alvim, saldos a ter em conta: 20 a 30%. Aproveite e compre o livro que não estará em saldo: o de Dennis McShade, de que pode ver as primeiras páginas aqui.
O Jaime Bulhosa, na Pó dos Livros, produziu este pequeno filme.
Uma preciosidade: Larry McMurtry enquanto livreiro.
Uma carta de Walter Benjamin a Max Horkheimer sobre o panorama literário francês em 1940, agora publicada pela New Left Review.
Editorial | Opinião
A fotografia que ilustra este texto reproduz um trecho de Fernando Noronha, como se o arquipélago ficasse a meio do caminho entre Portugal e o Brasil, mas sensivelmente inclinado para o Brasil. Há uma razão para a ironia: as palavras de Ruy Espinheira Filho, presidente do júri desta edição do Prémio Camões, que admitiu uma coisa que não deveria ter admitido. Segundo o escritor baiano, o júri da 20 ª edição do Prémio Camões «decidiu que centraria a sua discussão em escritores brasileiros». Mais: «Esses é que foram trazidos para análise.»
Essas declarações inquinam o Prémio e desvalorizam-no, precisamente no momento em que a CPLP se reuniu em Lisboa e decidiu investir na promoção da Língua Portuguesa. Inquinam-no e desvalorizam-no porque não é admissível que o júri se tivesse centrado apenas em autores brasileiros, da mesma forma que seria lamentável centrar-se apenas em autores portugueses.
O que o presidente do júri acaba por admitir é a quase irrelevância dos critérios do mesmo júri, apesar de admitir que não traiu o espírito do Prémio. Vamos e venhamos: não está em causa a atribuição do Prémio a João Ubaldo Ribeiro, mas sim saber por que razões (e, admitamos, é necessário conhecê-las) o júri «decidiu que centraria a sua discussão em escritores brasileiros».
Sabemos, todos, que existe uma certa rotatividade na atribuição do Prémio Camões (até para ser atribuído a autores de Moçambique e de Angola se teve em conta essa rotatividade...), mas daí até admitir publicamente que o critério eliminaria 50% dos hipotéticos candidatos vai um passo muito grande.
Ou seja: aguardamos uma explicação.
Prémio Camões para João Ubaldo Ribeiro: «Eu sabia, entretanto, que mais cedo ou mais tarde eu ganharia o prémio.»
"Olha, eu acho que eu ganhei porque eu mereço." [Estado de S. Paulo]
É com prazer que anunciamos a contratação de Rogério Casanova para a LER, onde começará a publicar, já na edição de Setembro, a coluna Pastoral Portuguesa.
O The Independent escolhe as melhores leituras para as férias.
Para enviarem aos responsáveis pelos programas de Português do ensino secundário: Philip Davis, deste artigo da Literary Review explica por que razão o cérebro trabalha melhor lendo Shakespeare.
Os mais vendidos na Espanha, na China e na Alemanha — vistos da América, na lista da Publishers Weekly.
A crise na ficção científica — reportagem-tema do último Babelia: «La ciencia-ficción está de capa caída, un manto más oscuro que el de Darth Vader parece haber caído sobre nuestro querido género, en el terreno literario. La muerte y el crepúsculo se han adueñado de los viejos grandes maestros: el risueño Arthur C. Clarke ha fallecido (adieu Rama), JG Ballard se enfrenta a su personal apocalipsis en forma de cáncer y Ray Bradbury, a punto de cumplir 88 años, estruja su melancolía soñando con que esparcirán sus cenizas en los desiertos de Marte. Ya no están con nosotros Stanislaw Lem, Zelazny, Heinlein, Asimov... Son unos ancianos Aldiss, Pohl, Harry Harrison. No se ve surgir nombres a la altura de aquellos grandes que desaparecen.»
Em segredo, absoluto segredo, a Flammarion prepara um grande lançamento para Outubro. O mistério pode ser este: um novo romance de Michel Houellebecq.
António Lobo Antunes vai receber o Prémio Camões na próxima sexta-feira, dia 25, às 18h30, nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos. O Prémio, o mais importante para autores de língua portuguesa, atribuído ao romancista em Março de 2007, pelo conjunto da sua obra, vai ser entregue no âmbito da Cimeira da CPLP pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e pelo Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.
O argentino Leonardo Oyola (na fotografia), autor de Chamamé, e o espanhol Juan Ramón Biedma, com El imán y la brújula, dividiram hoje o prémio Dashiell Hammet para o melhor romance policial de 2007 escrito em espanhol. Anúncio feito durante a 21ª edição da Semana Negra de Gijón. Lista dos restantes prémios aqui.
A Assírio & Alvim vai reeditar este mês A Mão Direita do Diabo, um dos policiais escritos por Dennis McShade (pseudónimo de Dinis Machado) entre 1967 e 1968 e publicados na colecção Rififi da Editorial Ibis. Até ao fim do ano estão previstos ainda os lançamentos de Requiem por D. Quixote e Mulher e Arma com Guitarra Espanhola.
A Guimarães Editores acaba de editar Dicionário Imperfeito, de Agustina Bessa-Luís, organizado por Manuel Vieira da Cruz e Luís Abel Ferreira. Em pastas com textos dispersos de várias épocas (artigos, crónicas, alocuções, conferências) e recortes de jornais, os organizadores procuraram «ideias-chave, figuras, trechos significativos» da obra da escritora e ordenaram-nos alfabeticamente. Com este volume, a Guimarães Editores inicia a publicação da «Opera Omnia» de Agustina.
Vocação.
Eu tenho só uma [vocação], que é escrever. Usar a palavra, dar-lhe vida, confiar nela para que nela vejam verdades poderosas, como a de sermos destinados a coisas maravilhosas.
Falar no maravilhoso, hoje em dia, é um risco muito grande. Que digo eu? Um risco, não; uma espécie de loucura. Sejamos loucos quando os sensatos falham, e vamos pensando como encarar o maravilhoso.